segunda-feira, 15 de junho de 2009

Adeus Cavalheiros!

Não existem mais homens como antigamente, literalmente, não existem!

Por Elisabete Mazi


Todo dia é a mesma coisa: às 18h00 horas mais de 5,5 milhões de pessoas lotam os pontos de ônibus de São Paulo é a chamada hora do rush. Muitos levam cerca de duas horas para chegar ao destino final.

Em meio a essa correria, um hábito saudável foi esquecido. Não há mais cavalheiros no transporte público. Os homens atuais não dão preferência às mulheres na hora de subir nos ônibus, nem abrem mão do assento e muito menos seguram os pacotes durante a viagem. Ao contrário precisam ser os primeiros a entrar no coletivo e correm para ocupar os bancos vazios.

“É uma falta de educação! Sem respeito nenhum”, comentou a auxiliar de escritório Gabriela Ferreira, que constata todos os dias a falta de cavalheirismo dos homens. Muitos usam a desculpa que as mulheres querem igualdade.

O estudante de Administração Davi Ribeiro diz conhecer “cavalheiros”, mas eles não circulam nos horários de picos. Ele mesmo explica não ser um cavalheiro. “Tem muita mulher folgada”.

Davi esquece que grande parte das “folgadas” terão de chegar em casa cansadas do dia de trabalho e ainda: lavar, passar, cozinhar, limpar, cuidar dos filhos.

Mas pensando bem, nesse horário talvez seja melhor mesmo esquecer o cavalheirismo. Afinal a vida dos homens também é difícil. E se ele não conseguir entrar primeiro nos ônibus e sentar vai acabar de mau humor. E quem sofre com isso são elas.


Elisabete Mazi, guarulhense, formada em comunicação social com ênfase em jornalismo. Trabalha na parte de comunicação de uma ONG e como freelancer. Gostaria de ter parido o Silvio Santos.
Contato: comunicacao@projetomag.com.br

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