Depois de alguns anos, fatalmente, o relacionamento cai na rotina. Para driblar a monotonia vale desde participar de um curso de strip-tease até render-se ao sadomasoquismo
O casal se encontra, se apaixona, vive momentos arrebatadores, daqueles dignos de inveja. Com o tempo a chama vai diminuindo e a mesmice está instalada. Isso nada tem haver com amor, mas sim, com tesão. E, convenhamos, relacionamento em que o sexo não é satisfatório é um passo para as brigas. Para algumas pessoas, basta um jantar a luz de velas para esquentar o clima. Outros casais vão mais longe e mergulham nas fantasias sexuais. Que atire a primeira pedra quem nunca se imaginou fazendo uma loucura. Da imaginação à pratica real há uma diferença gigantesca. “As fantasias sexuais são importantes porque remete a realização dos desejos mais íntimos, mas é preciso estar seguro das conseqüências. Para tanto, o casal deve conversar e fazer um pacto, caso contrário o relacionamento pode estremecer,” revela a psicanalista, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise, Adelaide Caillot
A designer de interiores, Fabiana Souza, imaginava transar com dois homens mas tinha vergonha de contar ao namorado. Depois de dois anos de relacionamento, num ambiente bem descontraído, regado a vinho, o rapaz revelou que gostaria de incluir um casal na relação. Fabiana aceitou mas viveu momentos de extrema ansiedade antes do dia D. “Decidimos ir a uma casa de swing. No início estava com muita vergonha mas depois me liberei. Não faria de novo mas valeu a experiência,”conta
O feito não abalou o relacionamento mas o casal evita falar sobre o assunto.
Nem todo mundo tem a coragem necessária para realizar suas fantasias sexuais, porém se elas teimam em invadir os pensamentos, vale procurar um terapeuta, sexólogo ou até um personal sexy trainner. Isso mesmo. Fatima Mourah é uma delas. Ela ensina desde técnicas de paquera a strip tease passando pela massagem erótica, pole dance- dança do poste e pompoarismo. “As mulheres estão a cada dia mais preocupadas com o desempenho profissional e na hora da conquista, do sexo, não sabem o que fazer, não tem sensualidade”, revela. A personal que atende mais de 500 pessoas ao mês, garante que quem participa de seus cursos e palestras mudam a forma como se vêem. “Não é preciso ter um corpo perfeito para exalar sensualidade. A maneira de olhar, se vestir e até de andar fazem toda a diferença. É preciso soltar as amarras e liberar o vulcão que existe em cada uma de nós.”
Que o diga Ana Flores uma das alunas do curso de strip tease. A advogada tinha a fantasia de conhecer uma casa de strip. Em uma bela noite tratou de realizá-la. “Nunca mais vou esquecer dessa experiência,”. O inicio da noite foi excitante com um show de strip tease, exibicionismo e brincadeiras. “Logo as pessoas começaram a se empolgar e quando me dei conta estava em cima do palco com um moreno sarado fazendo um show. Ele me levou para o camarim e ali realizei a melhor fantasia do mundo”
Entre tapas e beijos
Massagem, menage a trois, strip tease, que nada. Uma família de São Paulo gosta mesmo é de viver a dominação. O casal Rainha Naja e Paulo Luccas faz parte do clube dos sadomasoquistas. Eles são casados e donos da casa noturna Vahalla, especializada em fetiches. “Aqui, o sadomasoquismo é uma filosofia onde a mulher manda. Os homens cultuam a beleza e a supremacia feminina, mas são escravos e submissos em todos os sentidos, inclusive no sexo, com chicotes nos homens, algemas e pisoteios no corpo masculino com salto 15,” revela Rainha Naja.
Para quem quer ter uma experiência sadomasoquista, a Rainha Naja, dá algumas dicas de humilhações;
- Obrigar o homem a tomar o próprio esperma, após o orgasmo.
- Dirigir-se à mulher como senhora, madame, etc.
- Torná-lo cinzeiro humano.
- Fazê-lo implorar por cigarros, bebida, etc.
- Andar "de quatro".
- Urina ou esperma na comida.
- Vestir como a mulher mandar.
- Comer em recipiente para animais.
- Comer no chão ou na mão da mulher.
- Comer sem utilizar talheres ou utensílios.
- Ser alimentado em um restaurante.
- Usar um laço feminino no pescoço.
- Masturbação forçada em lugares públicos ou diferentes.
- Comprar roupas femininas e perguntar se serve.
- Usar coleira.
- Chuva dourada.
- Algemas em público.
- Ficar algemado a um carrinho de supermercado, enquanto a mulher faz compras.
- Ser utilizado como suporte para lixo.
- Imobilização.
- Ser levado numa coleira e com um osso na boca.
- Ter que andar em ruas onde as prostitutas trabalham.
- Ter que urinar na frente de outros ou não, naquelas caixinhas para gatos.
- Serviços de empregada.
- Escrever a palavra "escravo" na pele com protetor solar e obrigar o homem tomar sol.
- Ficar no canto de castigo.
- Escrever no corpo palavras humilhantes.
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